Cada vez mais as pessoas buscam conhecer os benefícios do consumo de determinados alimentos ou ervas para melhorar a saúde, fazendo com que mais estudos científicos sejam produzidos a respeito dos componentes fitoquímicos que acompanham esses alimentos. Apesar de as ervas já serem utilizadas a muitos anos por conta do seu sabor e aroma, suas vantagens vão muito além do que somente paladar.
Nesse contexto, o hibisco que também é conhecido por Roselle (Hibiscus sabdariffa L.) ele é um arbusto tropical que está presente principalmente na China, Tailândia, México, Egito, Senegal e Tanzânia. As regiões vermelhas dessa planta demandam grande interesse comercial e são ricas em minerais, antioxidantes, ácidos orgânicos, antocianinas e outros compostos fenólicos. Além disso, as flores do hibisco são mais utilizadas em bebidas e proporcionam sabor fresco e levemente azedo.
O hibisco é uma planta com inúmeros componentes significativos para a saúde e devido a isso ele é muito utilizado em produtos com finalidade anti-hipertensiva e na prevenção de doenças cardiovasculares e hepáticas. Além disso, o hibisco auxilia na redução de espécies reativas de oxigênio, colaborando de forma significativa para a detoxificação do organismo.
Dentre as principais afirmações a respeito do chá de hibisco sua atividade anti-hipertensiva sempre repercute na literatura científica e de acordo a isso os estudos apontam que o consumo de chá de hibisco a partir de 7 dias consecutivos já é capaz de desencadear efeitos benéficos para redução da pressão arterial. Ainda, é ressaltado que o hibisco pode ser facilmente encontrado para aquisição, sua intervenção se dá de forma simples e é potencialmente livre de riscos para o consumo por pacientes hipertensos e que possuem diabete tipo 2.
Alguns artigos também mencionam que o consumo do chá de hibisco pode melhorar o perfil lipídico de pacientes com síndrome metabólica, demonstrando redução significativa dos níveis de colesterol total, glicose de jejum, aumento de HDL colesterol e melhora da relação triglicéridos/HDL. De acordo com a literatura, a flor do hibisco possui excelente quantidade de fibras alimentares e antioxidantes que podem ser adquiridos através do processo de infusão, e completar a ingestão ideal de fibras da dieta.
Algumas pessoas sofrem com elevadas quantidades de ácido úrico e o chá de 1,5g de hibisco seco sendo consumido duas vezes ao dia, eleva a excreção e a depuração do ácido úrico tanto em indivíduos normais, como naqueles que apresentam maior facilidade em formar cálculos renais.
A cólica menstrual intensa ou dismenorreia acomete inúmeras jovens principalmente após o início da menstruação e de acordo com a literatura o consumo do chá de hibisco é capaz de reduzir as dores, ansiedade e o sofrimento psicofisiológico em adolescentes que sofrem com dismenorreia primária, promovendo sensação de bem-estar até 6 meses após a intervenção com o chá.
Os diversos nutrientes presentes no chá de hibisco favorecem a eliminação de toxinas e líquidos do organismo, evitando assim a retenção de líquidos. Mas de modo geral, esse chá pode auxiliar também no processo digestivo, na redução de gordura corporal e no combate aos processos inflamatórios.
Referências
Singha, A. S., & Thakur, V. K. (2009). Physical, Chemical and Mechanical Properties ofHibiscus sabdariffaFiber/Polymer Composite. International Journal of Polymeric Materials, 58(4), 217–228. doi:10.1080/00914030802639999
Banu, A. (2012). A Study to assess the Effectiveness of Hibiscus Tea in terms of Blood Pressure reduction among the Hypertensive patients in Idaikal Village, at Thirunelveli District (Doctoral dissertation, Sri. K. Ramachandran Naidu College of Nursing, Sankarankovil).
González, C. S., Balderas, F. T. V., Regules, A. O., & Beltrán, J. A. G. (2012). Antioxidant properties and color of Hibiscus sabdariffa extracts. Ciencia e investigación agraria: revista latinoamericana de ciencias de la agricultura, 39(1), 79-90.
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