O câncer de próstata (CA) é um tumor decorrente do crescimento benigno da próstata, considerado o segundo mais prevalente do mundo, está atrás apenas do câncer de pele. No Brasil, no ano de 2016 o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estimou quase 62 mil casos desse tumor, correspondendo a cerca de 23% de todos os cânceres diagnosticados em homens no país. O câncer de próstata é um problema com alta incidência na população, e a sua gravidade se estende a um grau de mortalidade preocupante. No entanto, a mortalidade tem reduzido devido aos tratamentos mais incisivos e assertivos que são oferecidos, além do diagnóstico precoce.
Um diagnóstico precoce possibilita ao paciente a chance do câncer não se espalhar para outras regiões e isso reflete consideravelmente no melhor prognóstico do paciente. Estima-se que um em cada seis homens desenvolverá câncer de próstata no decorrer de sua vida, e existem alguns fatores de risco para o desenvolvimento dessa patologia, no entanto, é importante ressaltar que tê-los não é indicativo de desenvolvimento do câncer. Os fatores de risco incluem idade avançada, etnia, histórico familiar, fatores hormonais, tabagismo, obesidade e inflamação.
Rastreamento, diagnóstico e tratamento
O rastreamento de câncer de próstata (screening) é realizado por meio da dosagem de antígeno prostático específico e do exame retal. As condutas adotadas para rastreamento são: exame de toque retal em pacientes a partir dos 40 anos de idade até seus 75 anos; considerar o uso do PSA em pacientes entre 40 a 75 desde que haja a possibilidade de sobrevida ao longo de 10 anos; pacientes com alto risco de câncer de próstata, sobretudo negros e ou indivíduos com histórico familiar de câncer antes dos 65 anos; pacientes que queiram realizar o exame e pacientes sintomáticos. É importante lembrar que o PSA é um marcador órgão-específico e não câncer-específico, o que em casos de inflamação da próstata poderá alterar o resultado.
Como dito anteriormente, o diagnóstico é realizado por algumas etapas, e uma delas é o exame de toque retal realizado por Urologista, que tem por finalidade definir algumas características da próstata como tamanho, forma, superfície, consistência, limites e sensibilidade. Essa etapa é importante para que o médico possa traçar os próximos passos da investigação. Outra forma de diagnóstico realizado é através do ultrassom, da ressonância magnética e da biópsia, estudos indicam melhores resultados através das ressonâncias, no entanto ainda é um procedimento de alto custo e baixa disponibilidade. O diagnóstico que confirma o câncer de próstata é realizado por biópsia guiada pelo ultrassom transretal.
O tratamento dependerá de alguns fatores como idade, se existem outras comorbidades, o estágio do câncer, a classificação do tumor entre outros. Em alguns casos há a necessidade de cirurgia, e em outros o tratamento é realizado por radioterapia ou terapia hormonal, e hoje em dia, dificilmente leva o paciente a óbito.
Para um estudo mais aprofundado sobre o tema, segue algumas sugestões de leitura:
Artigo:
Sarris AB, Candido FJLF, Filho CRP, Staichak RL, Torrani ACK, Sobreiro BP. CÂNCER DE PRÓSTATA: UMA BREVE REVISÃO ATUALIZADA.2018
Madersbacher S, Sampson N, Culig Z. Pathophysiology of Benign Prostatic Hyperplasia and Benign Prostatic Enlargement: A Mini-Review. Gerontology. 2019;65(5):458-464. doi: 10.1159/000496289. Epub 2019 Apr 3. PMID: 30943489.
Filho RFF, Rocha AS, Costa AMCB, Ricardo FIS , Sousa GS , Santos TC.Hiperplasia prostática benigna: revisão de literatura.2017
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