A maior parte das pessoas que buscam realizar uma dieta detox tem como objetivo o emagrecimento e a redução de medidas através da eliminação de toxinas. Nesse sentido, o excesso de toxinas pode acelerar o envelhecimento precoce, promover inchaço e dificultar o processo de emagrecimento e de acordo com estudos científicos realizar esse tipo de alimentação durante alguns períodos específicos de 7 a 15 dias pode realmente trazer benefícios, tais como melhoria da concentração, redução da inflamação e dos sintomas de cansaço e fadiga.
As toxinas que se acumulam no nosso organismo podem ser oriundas de agentes exógenos ou endógenos, como alimentos contendo herbicidas e agrotóxicos, adoçantes, aditivos alimentares e reações metabólicas, especialmente relacionadas a estresse oxidativo.
Durante o processo de ganho de peso ocorre aumento da gordura corporal no tecido adiposo através da hipertrofia e hiperplasia do tecido, com isso ocorre maior produção de citocinas pró-inflamatórias, outras substâncias pró oxidativas e toxinas. Porém, durante o emagrecimento, ou seja, quebra do tecido adiposo, esses elementos vão cair na circulação sanguínea e desencadear efeitos indesejáveis, devido a isso é importante que aconteça de forma adequada o processo de detoxificação com a eliminação das toxinas durante essa fase. Além disso, as dietas com foco em eliminação de toxinas também podem ser realizadas antes das dietas voltadas para o emagrecimento.
Quando o indivíduo está com alta quantidade de toxinas no corpo também será elevada a retenção de líquidos e a inflamação do tecido adiposo, prejudicando ainda mais o quadro de síntese de toxinas e dificultando o processo de emagrecimento. Nesse contexto, o aumento de componentes químicos no ambiente coincidiu com o maior número de pessoas com obesidade nos últimos anos, visto que essas toxinas podem prejudicar as funções fisiológicas normais e aumentar o acúmulo de gordura.
Além disso, a maior excreção de toxinas durante a fase de emagrecimento auxilia na digestão e absorção do paciente, promove o reequilíbrio hormonal, melhora a imunidade e otimiza as funções intestinais favorecendo o ambiente para as bactérias benéficas da microbiota intestinal.
O fígado e o intestino são os principais órgãos responsáveis pelo nosso sistema de detoxificação, no entanto alguns alimentos específicos podem beneficiar o funcionamento dessas vias metabólicas e facilitar o emagrecimento. Sendo assim, as fases 1 e 2 do processo de detoxificação podem ser otimizados pelas brássicas (brócolis, couve-flor, rabanete, nabo e couve de Bruxelas) que promovem estimulação das enzimas de fase 2, a toranja (grapfruit) que é capaz de modular as reações de fase 1 e 2, a cúrcuma (presente no açafrão da terra) eleva a atividade de enzimas de fase 2 e o chá verde que estimula as reações enzimáticas das fases 1 e 2.
A quercetina é um tipo de flavonóide e pode ser facilmente encontrada em diversas frutas, sementes, vegetais e folhosos verdes. Ela auxilia o processo de emagrecimento devido às suas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, anti-obesogênicas e vasodilatadores.
Mas, é importante ressaltar que para qualquer processo de emagrecimento deve ser levado em consideração o déficit calórico da dieta, o consumo de alimentos in natura como legumes, frutas e verduras, alta ingestão de água e prática regular de atividade física.
Referências:
KROHN, J; TAYLOR, F.A.; PROSSER, J. The whole way to natural detoxification. Vancouver: Hartley & Marks Publishers, 1996.
HYMAN, M. A. Environmental toxins, obesity, and diabetes: an emerging risk factor. Altern Ther Health Med.; 16(2):56-58, 2010.
Comments