Na natureza existem 3 tipos principais de plantas da espécie cannabis, sendo utilizadas para fins medicinais apenas a Cannabis Sativa e a Cannabis Indica. Essas plantas possuem canabinóides com efeitos diversos no organismo, no caso o Canabidiol (CBD) e o Tetrahidrocanabinol (THC). Vale ressaltar que, hoje, só é possível identificar a espécie por meio da análise fitobioquímica.
A priori, não é tão recente o conhecimento sobre os efeitos do THC no organismo, agora, ao que se refere ao CBD, tem ganhado mais notoriedade de alguns anos para cá. Porém, para que a chave funcione, é necessária uma fechadura. Com isso, foi descoberto o Sistema Endocanabinóide, constituído por diversos receptores e neurotransmissores.
Como ação agonista, os receptores pré-sinápticos CB1 têm o potencial de hiperpolarizar neurônios do Sistema Nervoso Central (SNC), causando relaxamento. O THC, mesmo sendo psicoativo, quando ofertado em dose adequada e de forma balanceada com o CBD, pode ser responsável pela melhora da função motora em algumas doenças. De forma mais clara, o THC é um agonista parcial do CB1, sendo responsável pela hiperpolarização. Também pode gerar tolerância e prejudicar a memória e aprendizagem, porém, os benzodiazepínicos também possuem esses efeitos colaterais.
Já o CBD, é um agonista inverso do CB1, sendo considerado um inibidor muito forte. Possui efeitos significativos na melhora da dor, mesmo não tendo ação periférica. Logo, estes canabinóides se ligam e despertam uma ação diferente nos receptores CB1 a partir de seus agonistas ou antagonistas.
Referência bibliográfica
Joshi N, Onaivi ES. Endocannabinoid System Components: Overview and Tissue Distribution. Adv Exp Med Biol. 2019;1162:1-12. doi:10.1007/978-3-030-21737-2_1
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