A coenzima Q10 dispõe de aplicabilidade ao ser humano principalmente no que se refere a sua ação mitocôndria. Contudo, por ser lipossolúvel e por ter tipicamente baixa biodisponibilidade, sua suplementação por vezes não é aproveitada como almejado. Tendo em vista este cenário, a tecnologia de nanoemulsão surge como opção que pode acarretar em biodisponibilidade 500% superior através da tecnologia de nanoemulsão, sendo assim uma solução inovadora com teor de ≥ 20% de CoQ10, além de que torna-se 100% solúvel em água.
A tecnologia de nanoemulsão tem duas grandes vantagens: concentração de ativo e estabilidade. No caso da nanoemulsão, a CoQ10 está incorporada ao núcleo da estrutura e não à membrana. As membranas, no geral, são pequenas e limitam a possibilidade de aumento de teor. Com a tecnologia de nanoemulsão, a Coenzima Q10 tem a capacidade de carrear 20% do ativo, sendo muito mais estável em diferentes temperaturas e pH, enquanto a lipossoma é altamente sensível.
Na ciência, para avaliação do perfil farmacocinético e de biodisponibilidade da CoQ10 em nanoemulsão, um estudo foi conduzido com 24 voluntários foi feito. Através de randomização, os pacientes receberam CoQ10 com nanoemulsão 100 mg ou cápsulas de CoQ10 100 mg em lipossomas. Parâmetros farmacocinéticos (Cmax, Tmax e AUC0-14) foram avaliados durante 14 horas. Ao final, a superioridade da CoQ10 em nanoemulsão foi verificada em diversos aspectos:
Três picos plasmáticos (3h, 6h e 11h) contra pico único da CoQ10 em cápsulas (6h);
Liberação plasmática sustentada ao longo do tempo;
Cmax 4x superior após 6h da administração;
Concentração plasmática de CoQ10 significantemente superior ao nível de base após 14h;
Biodisponibilidade 500% superior de acordo com AUC0-14.
Como justificativa a tais efeitos, foram atribuídos à tecnologia de nanoemulsão, uma vez que é 100% solúvel em meios hidrofílicos e é composto por ingredientes biocompatíveis, tornando-se muito mais eficiente. Desse modo, a tecnologia de nanoemulsão torna a CoQ10 um produto mais versátil que pode ter a posologia adaptada de acordo com a necessidade diária de cada paciente, além de que aumenta a adesão do paciente ao tratamento e propicia mais facilidade na administração, com menos tomadas diárias.
Referências Bibliográficas
Garrido-Maraver, J. Clinical applications of coenzyme Q₁₀. Frontiers in Bioscience, 19(4), 619. (2014) doi:10.2741/4231
Wajda, R. et al. Increase of Bioavailability of Coenzyme Q10 and Vitamin E. J Med Food 10 (4) 731–734 (2007) doi: 10.1089/jmf.2006.254
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