Mesmo sendo "novo" aqui no Brasil, ao menos em termos de prescrição legalizada por parte dos médicos, o Canabidiol (CBD) já é consumido por muito tempo por atletas de modalidades esportivas no exterior, como é o caso de jogadores de rugby. No caso, é comercializado principalmente como óleo de CBD, sendo que só para você ter uma ideia, nos Estados Unidos em alguns estados, é permitido até mesmo em alimentos, e não apenas na forma de suplementos alimentares.
O motivo pelo qual tanto atletas no exterior já consomem gira em torno de que pode proporcionar a melhora do sono e a redução da percepção de dores musculares. Ou seja, pode levar ao aumento da intensidade do exercício praticado. Além disso, pode atuar otimizando o reparo e a remodelação muscular, por meio de maior diferenciação das células musculares via potencial do receptor vanilóide transitório (TRPV) e pelo aumento da entrada de cálcio na célula.
No entanto, deve-se atentar para o fato de que mesmo com possíveis efeitos no atleta, seu efeito placebo pode ser especificado pela expectativa criada pelo atleta. Além disso, é preciso ter muito cuidado com a concentração de THC nele, que depende da federação e pode levar o atleta a ser flagrado no antidoping.
Contudo, apesar de ser uma estratégia muito promissora, deve-se esperar mais para dizer se o CBD funciona ou não para melhora da performance esportiva, pois até então no esporte, apenas um estudo o avaliou em marcadores de dano muscular, como a enzima Creatina Quinase (CK). Neste protocolo, um nível mais baixo de CK foi encontrado em praticantes do treinamento de força.
Referências Bibliográficas
White CM. A Review of Human Studies Assessing Cannabidiol (CBD) Therapeutic Actions and Potential. J Clin Pharmacol. 2019;59(7):923-934. doi:10.1002/jcph.1387
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