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Qual a ação da quercetina na saúde mental?

Atualizado: 7 de dez. de 2022


A quercetina (3,4,5,7-pentahidroxilflavona) é um flavonóide bioativo natural encontrado em uma ampla variedade de alimentos naturais, como nozes, uvas, maçãs, frutas vermelhas, cebolas, brócolis e chá preto. Acerca de sua aplicabilidade ao ser humano, as pesquisas indicam que a quercetina tem muitos efeitos biológicos, como antioxidante, anti-inflamatório, anticancerígeno, antiviral, psicoestimulante, cardioprotetor, neuroprotetora, imuno-reguladora e estimuladora da biogênese mitocondrial.


Tais efeitos são atribuídos principalmente às propriedades antioxidantes da quercetina, que a diferencia dos demais compostos devido a sua estrutura química, inclusive quando o assunto é a saúde mental. A quercetina é um composto bioativo crucial que demonstra ampla atividade contra várias doenças e distúrbios, sendo que investigações recentes apontam o seu potencial terapêutico para o tratamento de doenças do sistema nervoso central, devido ao seu papel protetor contra danos oxidativos e neuroinflamação.


Mais detalhadamente, a quercetina atua em vários sinais moleculares, incluindo canais iônicos, neuroreceptores e sinalização de receptores inflamatórios, além de que regula moléculas de sinalização neurotróficas e antioxidantes. Além disso, as pesquisas que envolvem a quercetina se concentram em distúrbios neurológicos e suas moléculas-alvo, além de receptores nucleares e acoplados à proteína G. Por meio deste mecanismo, demonstra-se o potencial farmacológico de sua suplementação contra o comprometimento cognitivo.


Também, a depressão, que é uma doença mental na qual afeta negativamente a saúde física e mental humana, associada ainda frequentemente ao estresse crônico e a ansiedade, pode ser atenuada com a suplementação da quercetina. Vários estudos mostraram que o tratamento com quercetina reduz significativamente o estresse oxidativo e inflamatório e previne danos neurais, regulando marcadores de estresse oxidativo e citocinas pró-inflamatórias no hipocampo.


Em outras pesquisas, agora em animais de experimentação, foi demonstrado que a quercetina tem um efeito antidepressivo significativo na bulbectomia olfativa, um modelo animal de depressão. Em um teste de natação forçada e teste de suspensão da cauda, ​​a quercetina reduziu o tempo de imobilidade, aumentou o tempo gasto na limpeza e aumentou a atividade da superóxido dismutase e o conteúdo de hidroperóxido lipídico no hipocampo, proporcionando efeitos antidepressivos. Portanto, esses achados indicam que a quercetina previne o estresse induzido por complicações neurológicas e aumenta a atividade antioxidante total no corpo.



Referências bibliográficas

Jakaria M, Azam S, Jo SH, Kim IS, Dash R, Choi DK. Potential Therapeutic Targets of Quercetin and Its Derivatives: Its Role in the Therapy of Cognitive Impairment. J Clin Med. 2019 Oct 25;8(11):1789. doi: 10.3390/jcm8111789.

Xu D, Hu MJ, Wang YQ, Cui YL. Antioxidant Activities of Quercetin and Its Complexes for Medicinal Application. Molecules. 2019;24(6):1123. Published 2019 Mar 21. doi:10.3390/molecules24061123

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