Se você quer entender se vale a pena suplementar a Coenzima Q10 (CoQ10) para a infertilidade masculina, entenda antes que o estresse oxidativo leva ao aumento do dano ao DNA e a peroxidação lipídica, sendo prejudicial a função do esperma e resultando na infertilidade. Ademais, baixos níveis de CoQ10 são associados a diminuição da contagem de esperma e de sua motilidade.
Por outro lado, a justificativa de que a suplementação de CoQ10 poderia ser aplicada neste caso é que a CoQ10 pode ajudar a conter quantidades excessivas de espécies reativas de oxigênio. Também desempenha um papel na produção de energia ao esperma nas mitocôndrias, o que leva a efeitos pró-motilidade e parâmetros seminais melhorados.
De fato, antioxidantes enzimáticos e não enzimáticos são naturalmente encontrados em espermatozóides e no plasma seminal, e entre eles está a CoQ10. Ela está presente em concentrações particularmente altas nas mitocôndrias do esperma, onde desempenha um papel na produção energética. Por esta razão, acredita-se ser um fator pró-motilidade e uma molécula antioxidante capaz de inibir a formação de superóxido.
Além disso, concentrações mais baixas de CoQ10 no sêmen têm sido correlacionadas com parâmetros espermáticos prejudicados. Por esta razão, foi interessante estudar se a administração exógena de CoQ10 poderia melhorar a qualidade do sêmen e as taxas de gravidez. Para você ter uma ideia, em relação à suplementação de CoQ10, estudos relataram que níveis aumentados de CoQ10 no plasma seminal após sua suplementação, podem atenuar o estresse oxidativo e melhorar parâmetros seminais, mas sem uma melhora direta na taxa de gravidez.
Portanto, tendo em vista os benefícios que a suplementação pode contribuir a infertilidade masculina, para a maioria dos pacientes, vale a pena a sua suplementação.
Referência bibliográfica
ARENAS‐JAL, Marta; SUÑÉ‐NEGRE, J. M.; GARCÍA‐MONTOYA, Encarna. Coenzyme Q10 supplementation: efficacy, safety, and formulation challenges. Comprehensive Reviews In Food Science And Food Safety, [S.L.], v. 19, n. 2, p. 574-594, 19 fev. 2020. Wiley. http://dx.doi.org/10.1111/1541-4337.12539