Com o objetivo de que haja a melhora da saúde gastrointestinal do paciente, diversas estratégias nutricionais podem ser adotadas, dentre as quais, a dieta Low-FODMAP postula-se como uma das mais adotadas. FODMAP é uma sigla que refere-se a fruto-oligo-dissacarídeos e polióis fermentáveis, no quais quando não digeridos adequadamente e fermentado em excesso, principalmente no intestino grosso, podem propiciar diversos sintomas, tais como inchaço, distensão abdominal eructação, gases, entre outros.
Desse modo, como o próprio nome diz quando traduzido ao português, a dieta baixa em FODMAP tem como foco principal a redução desses carboidratos mais fermentativos, de modo a que haja a redução da fermentação pelos microrganismos da microbiota intestinal e da sobrecarga osmótica induzida por tais carboidratos. Consequentemente, almeja-se a diminuição dos sintomas e o restabelecimento da eubiose (equilíbrio entre as bactérias simbiontes, comensais e patobiontes).
Assim, outra estratégia que pode potencializar os efeitos quando em conjunto a dieta Low-FODMAP, são as enzimas digestivas. Tal "sinergia" é válida, pois as enzimas são responsáveis principalmente pela digestão química do alimento. Logo, realizam a quebra dos macronutrientes presentes no alimento em moléculas menores para então serem absorvidas com mais facilidade, como em aminoácidos, monossacarídeos e ácidos graxos, respectivamente.
Desse modo, a suplementação das enzimas já pode contribuir para a menor chegada de resíduos alimentares, para redução da fermentação microbiana e claro, para a melhora da saúde gastrointestinal como um todo, potencializando assim os efeitos da dieta Low-FODMAP por si e a integridade de barreira intestinal.
Referências bibliográficas
Ispiryan L, Zannini E, Arendt EK. FODMAP modulation as a dietary therapy for IBS: Scientific and market perspective. Compr Rev Food Sci Food Saf. 2022 Mar;21(2):1491-1516. doi: 10.1111/1541-4337.12903.
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